1. |
Sonhos acordados
06:14
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Varais coloridos como pano de fundo,
aeroporto de aviões de papel,
o catavento, continua a girar,
as pipas ainda pairam no céu.
Sangue pintado com lápis vermelho,
quantos rostos ficaram naquele espelho,
duelo mortal, soldados de plástico,
os sonhos daqueles que estão acordados.
Sirenes em chamas correndo no quarto,
vagando em um cemitério em neón,
o choro que molha os cabelos cortados,
acorde cedo, é cosme e damião.
Sangue pintado com lápis vermelho,
quantos rostos ficaram naquele espelho,
duelo mortal, soldados de plástico,
os sonhos daqueles que estão acordados.
(Felipe Rodrigues)
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2. |
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O tempo me sufocou e não me disse nada,
seu beijo me cegou e caí doente,
arrastei sobre meus pecados
lancei o inimigo contra a parede
desconheci a imagem no refletida,
não sabia quem era aquele vulto insone.
As luzes dançam nos seus olhos,
não há noção de tempo,
as sombras beijam o seu rosto,
expõe o segredo entre os dentes.
Você me fez parte do seu jogo
inverti a situação e você não resistiu,
caímos juntos e caímos atirando,
o medo nos cercou e tapou a nossa boca,
sabemos que podemos nos ferir,
e eu não faço nada além de sorrir.
Me ergo e estou vivo outra vez
já não há mais ninguém por perto
sem mágoas , Sem rancor
vá embora e não olhe para atrás
Em um labirinto sem saídas,
nos perdemos um do outro,
perdidos entre círculos,
os espelhos que quebramos outra vez.
(Felipe Rodrigues)
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3. |
Abismo céu
03:51
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Em terra improdutiva,
sobrevivendo de migalhas,
nos matam pouco a pouco,
proíbem nossas armas.
Errando nas escolhas,
destino congelado,
furtam nossa esperança,
nos condenam ao passado.
Veja nosso futuro,
mendigando em nosso leito,
rogando vossas pragas
contra o nosso peito.
Os anjos que agora caem,
com esse riso louco assassino,
de costas para o sol,
de frente ao abismo.
Duvido da certeza, arrisco no improvável,
engano o bote certo, antevejo o passado,
sublinho pensamento, atiro sonhos no papel,
cega clarividência, no alto o abismo céu.
(Felipe Rodrigues/2014)
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4. |
Liberdade clandestina
04:11
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Ontem no metrô lembrei de você,
me sentia só pensava em me mudar,
estava sufocado no coletivo e no trabalho,
de camarote assistia minha vida ruir.
Hoje preferi, perder a hora e te esquecer,
arrumar as malas e viajar,
tirar a liberdade dessa clandestinidade,
essa vontade de não mais voltar 3x
Amanhã quero acordar em outro... em outro lugar
longe de qualquer coisa que me faça mal,
excluir o perfil da rede social
na beira do mar correr , desandar
na beira do mar viver, navegar
Na beira do mar criar, me vingar
Na beira do mar viver, navegar.
(Felipe Rodrigues)
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5. |
Reflexo disforme
03:03
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Sigo ordens,
obedeço,
morto em fila,
eu mereço.
Coagido,
enquadrado,
sufocante
itinerário.
Autoflagelo,
resignado,
resiliente,
cabisbaixo.
Subalterno,
serviçal,
submisso,
servidão.
AONDE ESTÁ VOCÊ ?!
(Felipe Rodrigues)
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6. |
Desconstrução evolução
04:03
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Diluir, evaporar
como a vida deve ser
Esconder, disfarçar
ou como as coisas parecem ser
Espaço / Tempo
Local / Data
Em dia / Mês / Ano
Distorcer, difamar
esse não é o melhor de você (definitivamente!)
Evoluir, ultrapassar
o melhor que a vida oferecer.
Espaço / Tempo
Local / Data
Em dia / Mês / Ano
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LYRICS
DECONSTRUCTION EVOLUTION
To dilute, to evaporate
It's how life should be
To hide, to disguise
or how things seem to be
Space / Time
Place / Date
Day / Month / Year
To distort, to defame
This is not the best of you (definitely!)
Evolve, surpass
the best that life has to offer.
Space / Time
Local / Date
Day / Month / Year
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7. |
Águas primitivas
05:54
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Joga pro inconsciente todas as frustrações
E veja se depois é possível dormir
com todo esse silêncio ensurdecedor,
com todo esse dilema de não existir.
No escuro da noite algo vai ruir,
imagens de uma infância a repetir
quando deus e o diabo eram apenas crianças
e dividiam a mesma balança.
E não sabiam o que iriam ser
E não sabiam o que decidir.
Pra qual lado deviam ir,
Se não existia lado bom nem ruim.
E todo esse amor é só solidificação
do absurdo que sempre foi dizer
e não ser exatamente alguém como você.
Letra Márcio Calixto / Música Felipe Rodrigues
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8. |
Vigiar e punir
05:17
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Ando escapando da injustiça,
caminhando lado a lado com o pecado,
muralhas que desabam sobre nós,
distorcendo o certo e o errado.
Gargalhando bem na cara do perigo,
correndo rente a tela inacabada,
sinto que as sombras me espreitam,
o reflexo na vidraça estilhaçada.
Olhos te perseguem no escuro,
é madrugada e por aqui não há mais vagas,
amedrontado pelas ruas da cidade,
julgando e condenando sua párias.
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9. |
Duna imóvel
04:19
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Pra cada lance de olhar, uma fração de terra
Dois pontos de luz, que se separam no escuro,
A lua que que reflete as pérolas no mar,
Entre curvas e redemoinhos, descobrindo novos caminhos...
A onda sempre quebra em um novo lugar
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10. |
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I don´t wanna go to club with you
as a slave, blind and chained
lipgloss, dak lights, no sound
who´s the girl dancing to the ground
I told you i don´t know how to dance,
funny moves, so strange
that day, swinging alone
back and gone
you can feel the song
I don´t wanna play the game,
last time it was, crazy and shame,
I don´t wanna play the game,
I´m gonna call my gang
and say dance, dance, dance dance.
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11. |
Escaravelho coração
04:26
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Enclausurado em seus carceres privados
com medo de uma ameaça invisível
Pandemia Ansiedade Solidão /
Máscaras cairão do teto.
Mundo em celibato,
sociedade em colapso,
cancelaram todas as festas,
se entorpecer é o que nos resta.
Na medida do impossível /
O normal não é mais como antigamente /
Amar sem abraçar, nem beijar /
Isolado em paranoia, isolado em neurose.
Mundo em celibato,
sociedade em colapso
eles nos querem desinformados,
estúpidos, embriagados.
Mundo em celibato,
sociedade em colapso,
cancelaram todas as festas,
se entorpecer é o que nos resta.
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12. |
Mendacium
05:01
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A mentira como verdade,
Nos ossos esquálidos da fome,
Em teu seio oh liberdade,
A fratura exposta do homem.
Ignorância, felicidade
Quanto mais eu vejo, menos acredito
Distâncias imensuráveis,
Muito mais perto do que se imagina.
(Felipe Rodrígues)
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13. |
Zémar (Missão Crüls)
03:56
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INSTRUMENTAL
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14. |
Oito
03:44
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Ainda ecoa aqui,
eu sei que vai voltar,
não mais,
lembrar,
tentar esquecer,
vai voltar.
A ruína nos encara,
o rosto da memória.
Retorno eternamente,
um oito desenhar,
se reencontrar,
reverberar,
desencontrar,
se encontrar.
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Tudo Muda Music Brasília, Brazil
Contemporary music:
pop to experimental,
folk to futuristic.
Mostly instrumental.
Since Dec. 2015.
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